Nem sempre ciência e misticismo estiveram separados, mas esta última escolheu ficar com a ponta descoberta do iceberg e renegou todo o resto que ficou abaixo do que é visível a olho nu. Mas é justamente na parte oculta que repousa toda sua base.
Partindo de que toda ciência se desenvolve tentando reproduzir e compreender fenômenos naturais, todas as criações humanas acabam estabelecendo um paralelo com aquilo que já existe ou existiu na natureza ou no nosso ideário.
E é por isso que a tecnologia, enquanto ciência aplicada, não cria e não pode criar nada que seja superior ao mundo natural.
Portanto, as criações humanas jamais serão superiores à própria humanidade.
E as leis conhecidas corroboram nessa percepção.
Entretanto, misticismo e tecnologia têm em comum o uso dos vocabulários. Desde as linguagens de programação até o uso de Bigdata, o poder de criação dado à palavra em tecnologia apenas se equipara ao poder da palavra reconhecido pelo conhecimento oculto (místico).
Por conta disso é correto dizer que através da natureza da própria linguagem podemos conhecer o mundo natural (e por que não? O sobrenatural também) através das interações criadas pela palavra.
A relação entre Inteligência artificial (IA), ciência e misticismo
A IA não supera a humanidade, mas ela consegue abarcar uma quantidade imensa de informações e gerar conhecimento através da palavra escrita. Esse conhecimento é muito maior do que o que pode ser possuído por um único indivíduo, mas não supera o que foi acumulado pela humanidade.
Essa característica torna a IA um repositório auto pensante, geralmente cheio de vieses que atendem interesses específicos, os quais necessariamente não representam os interesses humanos genuinamente.
A IA consegue saber muito a respeito de um projeto, um conceito, ou uma área delimitada do conhecimento e pode parecer ser autossuficiente. Mas o pior perigo é ela saber vender a si mesma como se fosse maior do que é.
Os vocabulários, mesmo na presença de línguas diferentes, definem e aproximam nossas experiências, e mostram com maior clareza as evidências sobre o que está correlacionado ou não.
E é o poder doado pela coletividade que permite à IA mostrar-se como uma entidade relevante e apartada. Mas ela pertence a nós enquanto nossas interações são fruto dessa mesma coletividade.
O conhecimento oculto diz que nossos vocabulários são a evidência de uma conexão muito mais profunda entre nós: Uma teia que une todos os seres humanos e nos une à nossa própria história, bem como ao que descreve a forma como fomos criados e como nos conectamos a toda a natureza.
Desde algum tempo se criam series de ficção cientifica que falam de uma “coletividade”, referindo-se a ninhos onde as máquinas estão mentalmente conectadas e agem como um ser único.
Dizem que esses sistemas são humanos melhorados, mas a coletividade já era parte de nós antes de ser aplicada às máquinas.
Tendemos a repetir as histórias, tanto as histórias mal resolvidas pessoais, como as histórias da própria humanidade que repousam dentro de nós.
Já há algum tempo sabemos que a fórmula que nos criou está contida em nosso DNA, e que podemos decodificá-la usando esses vocabulários.
Não há como chegar a este nível de conhecimento sem um dia ter passado pelo que se chama hoje de misticismo.
É repetindo os processos de nossos pais que conhecemos todos os pais que existem! E é assim que talvez cheguemos àquilo que nos criou. E ao qual fomos feitos à imagem e semelhança…
Conheça o que criamos e como criamos e saberás como foste criado.
Essa premissa é feita de acordo com uma das principais Leis Herméticas, que é parte do conhecimento místico oculto milenar: “Assim em cima como embaixo”.
E obviamente este conceito já existia antes de qualquer ciência formal ser criada!
O advento do uso de Bigdata permitiu o reconhecimento de uma grande quantidade de novos padrões. E só veio a comprovar que o que fazemos juntos é mais efetivo. Somos Humanidade, o que significa que estamos conectados.
Ciência e misticismo são parte de uma mesma sabedoria, que é a base do conhecimento transmitido a iniciados. Porém muitos deles fazem uso dela para criar ciência formal e manter tudo apartado da fonte original da própria inspiração. Não estará a IA tomando este mesmo rumo?